domingo, 16 de junho de 2013

Plenitude


Que elas venham e com elas tragam tudo o que quiserem. Eu me entrego, pois quando mais rápido vierem, mais breve se irão. Que elas venham quando cada uma das músicas tocar, quando cada fotografia for revista, quando cada lembrança pular na memória. Que venham todas, que se entrelacem com a minha história. Não só as dores pelas últimas seis estações. Que venham por uma década inteira... que sangrem, que se relembre cada entrega. E que pareça que todos os amores vividos, sejam apenas um. E que da mesma forma com que eles vieram, emendados, costurados, diferentes e semelhantes como fossem uma colcha de retalhos... que assim eles partam, como algo único que se vai de dentro de mim. E quando elas se esgotarem, as dores... quando todas as músicas já tiverem sido tocadas, quando todas as danças prometidas já não puderem mais ser dançadas, quando todos os sonhos estiverem absolutamente desacreditados, quando todas as expectativas estiverem quebradas, quando as declarações de amor nunca mais puderem ser declaradas, quando não houver mais nenhum tema a ser debatido... quando tudo for definido, quando não restar vestígios. Então existirá tudo, por não haver mais nada!

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