terça-feira, 7 de agosto de 2012

Expectativas


De uns tempos pra cá venho sentindo tudo em uma dose maior. Moro numa cidade muito grande, mas sinto que meu mundo é menor por aqui. Enquanto numa cidade média minhas relações eram amplas e mais fluídas... em São Paulo são poucas e mais truncadas. Acho que isso interfere na minha maneira de sentir o mundo. Quanto mais intensas e diversas são as nossas relações menos expectativas colocamos nelas... pois as expectativas se diluem para muitos pontos. Enquanto, quando são poucas, se concentram. E essa concentração de expectativas atrapalham. Quando a gente espera muito daquilo que muito não pode nos dar é frustração na certa. E isso é horrível, principalmente no que diz respeito as pessoas, mas não só. O problema é que não há solução fácil para isso. Não se pode mudar esse sentimento de um dia para outro apenas porque se quer. Acho que temos uma quantidade X de expectativas a serem distribuídas para com tudo o que nos relacionamos... se nos relacionamos com poucas coisas e pessoas, fica muita expectativa depositada em pouco... possibilidade de frustração gigante. Se nos relacionamos com muitas coisas e pessoas, poucas expectativas depositada em cada elemento... possibilidade de frustração muito menor. Uma matemática quase simplista... E nessa conta, obviamente, acho que sou uma pessoa muito melhor num mundo maior. Quando amplio, meu olhar se concentra nas coisas maiores, e as pequenas coisas que me incomodam passam rápido e são superadas com facilidade. No método da matemática mais tradicional não há muito o que fazer para diminuir minhas expectativas e sentir as coisas de maneira mais branda... mas ainda bem que conheço métodos alternativos e eficazes.

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