sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Vampiro de Recurso interno


Sempre digo que as pessoas acreditam no que querem... são capazes dos mais altos delírios sobre si mesmas e sobre os outros. Ando investigando um conceito da psicologia... a transferência. Observo o quanto se faz isso na vida... transferir culpas aos outros é uma das maiores especialidades da vivência humana oriunda do senso comum. Na média geral, homens e mulheres quase nunca enxergam a si mesmos como autores de ações que lhes causam dor... então inventam, deliram, fazem links irracionais. Transformam fatos isolados em evidências para comprovarem as entranhas de suas imaginações. Acho curioso. 
E já que adoro dissertar com exemplos relacionais, eis uma das maiores causas do delírio: o ciúme. O ser humano inseguro em medidas patológicas não é capaz de perceber seus fantasmas, os seus próprios buracos... age como se seu vazio fosse a ausência do outro. Transfere suas dores, suas inseguranças, suas pobrezas de espírito para ser mais exata, para ações desconectadas. Assim, começa a procurar evidências irracionais que comprove a culpa alheia instituída por seu delírio. 
Gente vazia, ou com o copo pela metade, não enxerga a si mesmo... não entende que não há completude assaltando a alma alheia... é artificial... o mundo está cheio de vampiros de recurso interno. E esses vampiros além de tentarem ou conseguirem roubar as energias e experiências dos outros... ainda são delirantes.  Roubam subjetividade e incriminam seu objeto de desejo... grave, muito grave... nesses casos... para ironizar... acho que nem terapia, levada muito a sério com profissional competente, dá jeito. Desejo apenas uma coisa... a distância! ***

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