quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Expectativas leais


Tudo de volta ao normal por aqui no blog, os acessos estabilizados, e eu de volta a realidade de que poucas pessoas querem saber da minha vida... muito menos pessoas querem saber da minha vida do que aquelas que querem saber sobre o BBB. Isso não me deprime. Apenas é um fato engraçado... você tem um blog pessoal e um dia resolve escrever sobre um assunto de uma seara da qual você não costuma dissertar... de repente, recorde de acessos. O problema que justo sobre o BBB... fazer o quê né? O importante é respirar.
Mas indo para o assunto do post, estava eu com uma amiga hoje conversando sobre crises existenciais e relacionamentos, no caso o dela. Falávamos sobre o depósito de expectativas que as pessoas colocam umas nas outras (tema já abordado por aqui, perdoem se estou sendo repetitiva). As dependências afetivas estabelecidas na maior parte das relações é um lance estrondoso, chega a dar medo, não no caso dela exatamente (que é uma pessoa que reflete sobre isso e tenta manerar), mas no geral. É triste como as pessoas fazem das outras os seus projetos de vida... depositam sua auto-estima nos sucessos alheios, deixam de investir em si mesmas e acham que a relação vai completar tudo que lhes falta. Aí vem toda a insegurança expressa em suas piores faces, tipo... o ciúme, o querer diminuir o Universo do outro, a chantagem emocional e tantas outras... quem aposta tudo no outro não pode nem sonhar com o fato do relacionamento não dar certo, porque se não der, a estrutura pessoal desmonta, já que a base é a vida alheia. Loucura. 
Muito mais chance de dar certo um relacionamento que ninguém cria expectativas desleais... cada um dá conta de ser quem quer ser e deposita esperança e expectativa naquilo que é individual, naquilo que pode ser realizado por si mesmo... sem criar extensão narcísica pra cima de ninguém... sem fazer do outro responsável pela nossa vida... isso é lealdade. E aí os relacionamentos passam a servir para que as pessoas se encontrem para um amor que seja acompanhado de liberdade, para compartilhar as delícias e as dores da vida, para se darem apoio, contudo sem crer que desmontam se o outro for embora, porque sabem quem são, e sabem que após qualquer relacionamento, há vida. Todo mundo sobrevive, mesmo que meio machucado, contrariado, abatido. Mas admitir a possibilidade de que o outro, ou eu, podemos ir embora a qualquer momento, é dar chance a sinceridade, a verdade, a sensatez. Admitir que tudo pode dar errado, aumentam as chances de dar certo, pois o que se baseia na maturidade e na verdade, se torna mais sólido... e creio eu, assim pode ser muito mais leve e aconchegante.

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