quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Liberdade e Ignorância


Sempre achei que sabia muito quanto a tudo que dissesse respeito as questões de relacionamentos e sentimentos... sempre me achei a pessoa mais entendida em tudo o que se relacionasse com a subjetividade, sempre dei conselhos longos e complexos as minhas amigas e a qualquer pessoa que me pedisse. E engraçado que no geral, sempre convenci, e muitas vezes, conselhos que dei foram realmente bem aproveitados por muitas pessoas. Isso fez com que eu me sentisse uma sumidade, e julgasse todo o resto da humanidade com um pouco menos de inteligência emocional que eu... na verdade muito menos, inclusive o blog é prova disso. No entanto, algo começou me incomodar, nos meus últimos relacionamentos senti buracos gritantes, achei estranho, como alguém tão preparado como eu poderia se equivocar tanto. Então, há uns meses atrás, ao conversar com um amigo, que leva um relacionamento desses bem sem noção, que jura estar com a namorada até hoje porque ela está em um momento difícil que ele tem obrigação de apoiar, mas no fundo não gosta dela, não a ama e queria mesmo terminar... ao ouvir isso, eu numa inspiração que talvez não fosse minha, disse a ele que o relacionamento da gente diz de nós mesmos... portanto, se temos uma relação cagada, é um reflexo do que somos... Uma fala forte...  mas que fez eco mim mesma... eu, praticamente uma PHD em subjetividade vinha de uma sequência de  relações ruins, pobres, pela metade... doeu!!! Então, depois de uma série de reflexões e angústias, descobri que sou ignorante no assunto... e como sou!!! E como é libertador perceber que não se sabe muito. Entender que é necessário crescer, se desfazer de preconceitos, e inaugurar novas reflexões, aprendizados... perceber os próprios vícios e as razões de tantas angústias. Voltemos a escola da vida, contudo hoje, sem a menor arrogância.

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