segunda-feira, 21 de março de 2011

Uma alma que escorre...















Há tantas coisas a serem ditas
E ao mesmo tempo nada para falar...
Uma viagem tão longa que as vezes creio
Que a essência era mesmo o viajar...
Não há em mim arrependimentos,
Não há em mim inocências mal resolvidas...
Mas há sim um cansaço...um sentimento quase escasso...
Uma perturbação da paz... o anúncio de um estrago...
Um amor tantas vezes crido... relatado, escrito... amado.
Um ego em seu centro destruído, desgastado, contrariado...
Há de um lado uma pulsão de vida, uma voz que grita...
Um tempo que corre, uma motivação que exala,
Uma canção que embala...
E do outro lado a usurpação de uma vida que não é minha...
Um corpo que morre, uma alma que escorre...
Um quarto escuro sem porta...
Um tempo que para... uma luz que apaga...
E pede para ir embora.

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