sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Baixa auto-estima...




Eis que eu estava entrando no elevador de um prédio comercial hoje, no qual fica o consultório do meu terapeuta e uma senhora chega na porta do elevador e diz:
-Para qual andar vocês vão?
Ninguém respondeu.Todos ficaram olhando meio sem saber o que falar. Aí ela pergunta:
-Posso ir junto? Vou para o 16° andar.
Uma cena sem muita importância. Mas quase surreal. A moral da história é que tem gente que tem a auto-estima tão baixa que pede licença para entrar no elevador. E confesso que isso me fez pensar. Há tempos venho pensando em algumas coisas que relacionam-se com este fato. Antigamente a opressão de classes era bem mais evidente, ou mesmo a opressão de gênero e a opressão racial (que na minha opinião, ambas estão ligadas, de certa maneira, com a opressão de classe). E aí, determinados espaços que eram reservados para algum tipo de elite, simplesmente tinham como regra, a proibição da entrada de pessoas que não cumprissem os critérios. Hoje, qualquer espaço público ou coletivo, não pode fazer distinção de pessoas... todos podem ter acesso. Mas ainda assim, há pessoas que não frequentam determinados espaços porque sentem que aqueles lugares "não são pra elas". Há pessoas humildes que nunca foram ao cinema, não por não gostar, mas porque acham que um shopping é um lugar que não podem entrar. Tem gente que nunca vai em determinado restaurante, mesmo tendo dinheiro para isso, porque se sente um ser inferior para frequentar aquele "requintado" lugar... e assim eu poderia dar muitos exemplos.
Mas o fato é que a auto-estima, o recurso interno das pessoas, é construído desde criança, e a opressão social, passou de algo explícito e abertamente vergonhoso, para uma forma muito sutil, todavia mais eficaz e subjetiva, influenciando no comportamento e na auto-estima de cada um.
Porém, se a falta de auto-estima das pessoas implicasse somente quanto aos lugares que elas entram ou deixam de entrar, não seria um problema assim tão grave. O ponto problemático é que esse sentimento de inferioridade se estende para as relações pessoais... o que, volta e meia, faz com que hajam relações desequilibradas, nas quais um se sente menos do que o outro e sabota a relação...
Mas o post já está grande e eu nem pretendia ir tão longe na reflexão... contudo, iniciei, e quem sabe outra hora, desenvolvo mais esta idéia...
Bjos e até mais.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Dia ensolarado




A tarde está acabando... e estou leve... dia bom, produtivo, ensolarado...
e ao contrário de ontem, que eu estava com um péssimo humor, hoje estou feliz...
A partir de amanhã pretendo me disciplinar um pouco mais... começar a estudar para segunda fase do exame da Ordem e ainda começar a desenvolver meu projeto de mestrado...
Preciso retomar os exercícios físicos urgentemente...
e dar sequência as agendas de militância...
As perspectivas são muitas... e eu que achei que o ano passado tinha sido bem hard... ao que parece este será ainda mais agitado... Pois a correria começou antes do carnaval... e isso é um sinal de que vai ser osso...
Mas estou animada... cada vez mais as portas que se abrem na minmha vida vão se aproximando daquilo que amo...
Bjos a todos... e até amanhã...

O Meu Blog não é uma Democracia




Adoro escrever... e adoro o formato do meu blog...
desde o início, em vários posts, afirmei que o intuito máximo da minha escrita seria eu mesma... não há em mim uma intenção real de agradar ninguém por aqui e nem de dar aos leitores diagnósticos complexos, daquilo que eu realmente sinto ou penso como um todo. O fato é que vem algo em minha mente, e então escrevo, o blog não é a máxima representação de mim mesma, mas a representação de um momento... e assim continuará sendo... não pretendo agradar ou desagradar ninguém com aquilo que escrevo ou deixo de escrever...mas é claro que gosto quando agrado.
A maior parte das pessoas que convivem comigo, sabem que sou militante do PT, adoro militar, sou apaixonada pela política e pelas transformações que vem ocorrendo no Brasil, mas não pretendo transformar meu blog, um instrumento pessoal, em um instrumento político... e também não pretendo aqui, através do que eu escrevo dialogar com uma pessoa, ou com apenas um determinado grupo de pessoas... a verdade é que, este espaço, é absolutamente meu.... se alguém quiser ler, fique à vontade, se alguém quiser comentar, também, esteja à vontade, mas por favor, peço que não tomem as minhas palavras para si mesmos, pois falo de mim... de algum aspecto meu que me dá vontade de evidenciar em determinada hora, sem o intuito de ser direta, mas tentando usar conceitos, que em algum momento, me pareçam universais...
E pra resumir bem o que estou falando, quero dizer, que este espaço cibernético, não pretende ser uma democracia... no qual divulgo questões que as pessoas querem ler, comento notícias...não pretendo que seja assim. Meu blog não tem utilidade alguma e não terá... ele só é realmente útil para mim... pois venho aqui, escrevo o que quero, fico feliz e só...
Neste espaço, mando eu, e se alguém estiver lendo para se sentir melhor... ótimo, torço para que se sinta bem com a minhas palavras... mas caso não se sinta... a responsabilidade não é minha!!!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Solidão


A hipocrisia reina na vida da maior parte das pessoas... e acho que tem pouca coisa pior que isso... todo mundo adora posar de boa gente, pessoa honrada, comprometida... mas no geral, não é bem assim.
No fundo a maior parte das relações, são exclusivamente baseadas em amor próprio (ou, se preferirem uma palavra mais correta: egoísmo), e tem muito pouco de amor pelo outro, de entrega... somos constantemente sujeitos as extensões narcisicas de quem se relaciona conosco...
As pessoas adoram ouvir (ou ler) que estamos bem em tempo integral... tem gente que gosta mesmo de se relacionar com a gente na alegria, na felicidade... quando o bicho pega, somem completamente...
E são estas mesmas pessoas, que olham bem nos nossos olhos e dizem que "qualquer coisa que precisarmos, ela está disponível"... mas são estas as primeiras a desligarem o celular, ou terem mil e uma desculpas.
A realidade, é que somos prioridade na vida de muito pouca gente... e não sei se é exatamente este o problema. Acho que o problema real, é estabelecermos muita gente como prioridade... acho que realmente sofremos com essa postura das pessoas quando nós nos colocamos disponíveis demais,
quando o nosso olhar nos olhos do outro é sincero...
Mas o fato, retomando o tema inicial, é que as pessoas são hipócritas, todo mundo quer preservar valores, quer acreditar que não está sendo influenciado por uma lógica de consumo absoluto...porém no fundo, a maior parte das pessoas espera que as relações pessoais lhe tragam benefícios concretos, objetivos...
Exemplos... poderíamos dar muitos... pais que adoram saber que seus filhos estão bem, que são brilhantes, e que quando isso não se apresenta, desesperam-se, mas não por cuidado... que na maioria das vezes deixaram muito a desejar neste quisito, mas desesperam-se por si mesmo, devido a frustração de sua extensão narcisica (o filho) não ser o que sonharam; outro exemplo... conjugês, namorados, companheiros, ficantes ou qualquer coisa nesta linha... que permanecem ao lado do outro enquando há perspectiva de consumo, de orgulho, de troféu; há também o exemplo das amizades, este por ser um vinculo nada obrigatório, é ainda, em alguns momentos e aspectos, mais sazonal e consumista...ah também as relações vinculadas as instituições... tem instituição cujo propósito é justamente cuidar das pessoas, como a igreja por exemplo... mas está aí outro exemplo de relações baseadas, quase sempre, na hipocrisia... todo mundo quer ouvir notícia boa, felicitações... mas cuidar de problemas de verdade que fujam ao senso comum... isso ninguém quer.
O fato é que acabo por estabelecer relação com muita gente... em alguns momentos chego a conversar com dezenas de pessoas por dia, e é natural que seja assim, mas a verdade é que são absolutamente raras as pessoas que estão ao meu lado quando preciso... e olha que acredito precisar pouco...e ajudar muito aqueles que estão a minha volta...
Quase nunca me coloco em um papel de menina frágil que precisa ser cuidada...
Mas boa parte do tempo enfrento a solidão em meio às pessoas... seja a dois ou seja em meio à multidão...

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Retomando...

Não ando muito inspirada para escrever no Blog... só hoje, tentei duas vezes e não consegui, caso você esteja lendo isso, é porque finalmente, nesta tentativa, foi diferente!!!
Mas de qualquer forma, estive viajando. Fiz uma boa viagem até Curitba, na qual cuidei de vários aspectos meus. No aspecto familiar, vi alguns parentes muito agradáveis. No quisito amizades, revi bons amigos e acho que aos poucos, vou construindo novas amizades. E no quisito paixão, este foi o que mais trabalhei... a política esteve presente todos os dias nesta viagem... e apesar de ser um ritmo pesado, pois poucas coisas poderiam ser mais deliosas que trabalhar com isso.
Não pretendo fazer um post longo, porque não estou inspirada para discutir nenhum tema... mas de qualquer maneira, estava com saudade de escrever... portanto, estou aqui...
Bjos a todos, e retomemos a rotina...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Faz um tempo que não escrevo... a vida tá corrida, estudo, trabalho e militância. Amanhã viajo e também não devo escrever nos próximos dias... e além disso está me faltando inspiração. Quem sabe depois da viagem, retomaremos...

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Exame da Ordem



O exame da OAB estava o cão... foi bem estressante, quando cheguei lá pela 34° questão, eu já estava passada (tinham cem questões).
Várias questões traziam um problema, e tudo o que sabia sobre ele já estava no enunciado. Desesperador, confesso.
E ainda, fiz a besteira de não tomar café...sou viciada em café, e se fico sem, fico com sono o dia inteiro, portanto, passei a prova inteira pagando mico e bocejando.
Quando saí da prova, estava com a sensação que tinha acertado no máximo umas dez questões.
Todo concurso, tem pelo menos uma porcentagem da prova cujas questões, são assim, meio que de graça, bem básicas, para a gente não perder de zero, sabe!? Mas o fato é que essa prova não tinha isso, pelo menos não pra mim... todas as questões exigiram concentração e gasto de energia...
Mas o fato é que hoje, saiu já o gabarito oficial da prova, conferi, e passei!!! Contrariando assim, todas as expectivas que eu havia nutrido logo após a prova...
Agora, é a segunda fase... não morro de amores pela idéia de advogar, mas já que estamos aqui, vamos em frente!!!!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Escrevendo demais!!




Tem gente que fala demais... tenho excelentes amigos, principalmente amigas, que falam sem parar... lido bem com isso. Até gosto, porque no geral, falo pouco, me abro com poucas pessoas, dou dicas do que sinto, mas não costumo escancarar para todos o que se passa dentro de mim, através da minha fala.
Porém ultimamente, penso que tenho exagerado... continuo não falando muito, mas agora, depois que viciei em escrever no blog, ando escrevendo demais...
Minha preocupação, não é exatamente por me mostrar... minha preocupação, é como as pessoas irão entender o que escrevo, nem sempre as coisas ditas aqui são claras, e cada um acredita no quer...
E tenho ouvido um número razoável de gente dizer que entra sempre no blog. Me preocupo, talvez eu esteja falando demais e sendo clara de menos... Já ouvi pessoas interpretarem meus poemas e textos de maneira totalmente diferente daquilo que eu pretendia. Porém é assim mesmo, quando você publica, corre sempre esse risco, e cada um entende como quer...
Vou continuar escrevendo do jeito que me der vontade, sendo clara ou não...

Bjos a todos, acho que hoje volto a escrever ainda!!!! E obrigada aos leitores, mesmo que vcs entendam minhas palavras de forma diferente daquilo que pretendi.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Azul com i no meio

A maior parte daquilo que me condenas,
O mundo considera virtude,
E os meus vícios são um grito silencioso,
Somente contendo metáforas,
Das respostas que não consigo te dar,
Das perguntas que não ouso fazer.
E já não importa o que seja feito,
Pois eu não enxergo mais os abismos,
Estes que nos encontramos,
Estes que nos atraíram.
Eu apenas segui aquilo o que planejamos,
Um caminho que tantos invejam,
Uma estrada que muitos queriam,
Mas agora, você pretende mudar as regras,
Você, sozinho, mudou os planos.
E nesta tua presença ausente, há tanto tempo,
Não sei se por amor ou por egoísmo,
Fica em mim, desde já,
Ou desde sempre, o teu vazio.




* Este poema é de Elias Athayde...
achei triste e bonito e decidi publicar.

Amanhã é outro dia...




Amanhã, que já é hoje, terei um dia cheio... cheio de coisas que não gosto!!Um trabalho medíocre, o início de uma pós-graduação que não me interessa... que no dia seguinte ela continuará o dia inteiro, e no outro terei prova da OAB, para me testar quanto as técnicas jurídicas, que é outra coisa que absolutamente detesto...
Por isso, sabendo que terei três dias muito difíceis pela frente, fui dormir, tentando me disciplinar para cumprir minha sina horrorosa nos próximos três dias... então deitei e fiquei pensando que gostaria de ter escrito hoje, e não tive tempo... e que provavelmente não teria tempo de escrever nos próximos dias... e que as coisas mais agradáveis que poderiam me acontecer nos próximos três dias seriam apenas coisas comuns... uma boa comida, uma noite de sono, um sorriso superficial!
Então me levantei...por que pensei o quanto essa rotina me faz mal. Decidi escrever, colocar tudo aqui... e declarar que este sistema medíocre não entrará em mim, não violará o meu espírito, não me afastará das coisas que amo.
Trabalhar é bom, quando podemos crescer com isso, quando podemos de alguma maneira acessar o resultado de nosso trabalho, nos beneficiar com ele, e não estou falando só de dinheiro, aliás, não estou falando de dinheiro... estou falando de ver algo construído, pelas nossas próprias mãos, ou por nossa mente... acho que pela primeira vez, sinto realmente o que significa a alienação do trabalho...
Quero tanto desenvolver atividades que me dêem prazer, que proporcionem a reflexão junto a outras pessoas... fiz uma faculdade que noventa por cento de seu conteúdo, eu detesto... a retórica pela retórica, quem argumenta melhor, não importa o que realmente acreditemos, é preciso argumentar... isso é absolutamente horrível, medíocre, exclusivamente técnico, a única diferença do trabalho de um jurista para um trabalho técnico qualquer, como vendas, limpeza ou telemarketing, é que o trabalho do jurista tem uma técnica um pouco mais elaborada, no geral. Mas no fundo, é a mesmo coisa, operar o sistema... e mantê-lo em ordem!
Como eu odeio tudo isso, como pensar que terei que viver a vida toda fazendo coisas relacionadas com isso, me é pesaroso...
Talvez seja apenas um dia ruim... mas o fato que pelo menos hoje, não fui dormir com intuito de me preservar para aquilo que não quero... talvez amanhã eu esteja exauta por ter ido dormir tão tarde, talvez eu fique tão cansada que não consiga desempenhar como deveria as minhas atividades pseudo-obrigatórias... talvez. Mas o fato é que hoje, eu preservei aquilo que amo, não deixar entrar aquilo que viola meu espírito... hoje, ao escrever, garanti um pouco de sanidade para minha alma...
E amanhã, será um outro dia, talvez um dia muito difícil...

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Dia chuvoso!




Não tá fácil pensar em algo para escrever hoje... comecei várias vezes, e acabo deletando... acho que meu estado de espírito não está dos melhores. Entre outras coisas, não gosto de dias chuvosos!!
Mas o fato é que estou assim meio desanimada, talvez até não tenha um motivo muito relevante, ou talvez haja, porém se houver, meu inconsciente escondeu muito bem...
Tenho assistido uma série que adoro, "Fringe", acho até que já a citei aqui. Alguns dos meus amigos acham esta série horrorosa, mas o fato é que eu gosto muito, e como o momento de assistir séries é um momento muito particular, o meu gosto é o que realmente importa.
Esta série é de ficção científica, assim bem viajada... e considera que vários acontecimentos estranhos ocorridos desde 1985 (ano que eu nasci, diga-se de passagem) tem relação, e as tragédias naturais que conhecemos que mataram muitas pessoas, são na verdade eventos provocados... denominados por eventos "padrão". Mais a frente eles decobrem que há um Universo paralelo, e que pessoas do outro Universo, planejam destruir o nosso. A personagem principal é uma mulher, investigadora do FBI
(não é assim uma excelente atriz, mas tá valendo) Olívia Duhum.
Então como eu estava dizendo no início, tenho assitido essa série muito louca... e tenho gostado, e posso recomendar aqui.
Mas algumas reflexões foram possíveis ao assistir. A série mostra que aqueles que mandam não estão nem um pouco preocupados com as pessoas comuns, morre gente o tempo todo, o mundo tá virado de cabeça para baixo, numa confusão imensa entre dois mundos, e as pessoas continuam vegetando... trabalhando de sol a sol para sobreviverem, e nem imaginam o que realmente acontece por trás de tudo isso.
Eu não acho que o nosso mundo esteja acabando e nem que estejamos em guerra com um Universo paralelo... mas acho sim que vivemos em um mundo que ser gente comum é ser muito alienado e não perceber nada do que acontece...e ser gente que tem poder, no geral, é estar nem aí se quase todo mundo vegeta ou morre de penca.
Este retrato da humanidade em dois extremos, ambos indiferentes, me deprimem... e também o dia chuvoso.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A Individualidade das Escolhas...



Há alguns posts atrás, andei escrevendo sobre as escolhas e as dificuldades de fazê-las, pois muitas vezes elas tem de ser feitas às cegas...
Mas ainda há um tema neste mesmo assunto que quero tratar... a presença das pessoas nas nossas decisões...
Já é difícil escolher... mas quando o outro coloca-se como parte das nossas escolhas tudo pode piorar ainda mais...
Geralmente, há pessoas que se ligam em nós por diversas modalidades de vínculos, pode ser parentesco, amizade, paixão, amor, interesse, etc. Mas o fato é que o olhar que os outros seres humanos que nos cercam tem a respeito daquilo que pensamos e daquilo que escolhemos agir, acaba por influenciar e muito as nossas ações.
As vezes, raramente, isso é positivo, mas penso que quase sempre, essa influência vem de maneira ruim. Pois no fundo todo mundo legisla em causa própria... quando o pai dá conselhos ao filho sobre quem deve escolher para ser sua esposa, faz isso em parte pelo bem do filho, para que este tenha uma vida o melhor possível, porém, em boa parte faz isso por si mesmo, pois quer assegurar-se quem estará em sua convivência em sua velhice, quanto melhor a nora for para ele, mais seguro estará ( é só um exemplo)...
Porém, as amizades, penso eu, são as relações em que se consegue a maior parcela de neutralidade em se tratando das opiniões do outro... pois o amigo é aquele ser que não vive debaixo do mesmo teto que você, que não perde nada se você fizer uma escolha profissional errada, que não quer se casar com você, que vai conviver pouco com quem você escolher para se casar... enfim, o amigo é o ser mais confiável neste quisito dos conselhos imparciais...
Mas, nas relações conjugais, tudo piora, e este legislar em causa própria fica ainda mais evidente. Pois, as escolhas de, um afetam diretamente o outro, tanto objetiva, quanto subjetivamente. E nem sempre a opinião do outro é para o bem daquele que está sendo aconselhado (sei que esta não é uma visão nada romântica, mas é uma visão psicanalítica), mas para o bem de si mesmo.
Por isso, penso que, quem ama, tem que sim levar em consideração aquilo que será melhor para o outro, mas as escolhas, em última análise, são sempre decisões individuais... não por egoísmo, mas porque a fatura chega... quando alguém te induz ou aconselha de maneira muito veemente a escolher algo, elabora por você... mastiga, digere, e nos termos psicanalíticos, empresta o seu próprio ego, sua energia vital, ao outro e o outro não elabora sua escolha, e feito isso, acaba por, no fim, cedo ou tarde, ser responsável pelo ato alheio.
E também, além deste argumento, é sempre importante pensar que as escolhas são individuais porque os relacionamentos podem acabar... mesmo que durem para sempre, e mesmo que as pessoas se relacionem quase sempre com o intuito de durar para sempre, eles podem acabar e acabam... e aí, as interferências já estarão lá, e talvez num momento que pode ser tarde para mudar...
Penso que o desafio de todas as relações é buscar um pouco mais de amizade... ou, na linguagem mais comum, a famosa cumplicidade... pais e filhos, cônjuges, companheiros, etc, precisam ser mais amigos, quando externarem seus conselhos, não pautarem a si mesmo... ou pautarem a menor parcela que conseguirem, talvez assim, as relações fiquem mais sinceras e tenham mais chances de dar certo.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Páginas em Branco















Há em mim um labirinto avesso a obviedade,
E um temor terno diante do que há de vir,
Um desejo ambíguo num ponto obscuro
Que liga o passado, o presente e o futuro.

Há em mim uma melancolia,
Uma angústia fria, uma saudade dolorida,
Um desejo insatisfeito...
A espera de um fazer não feito.

Há em mim uma fadiga serena,
Que aguarda o seu momento de descanso,
E através dele o seu recomeço,
Ou aguarda seu luto próprio ou alheio.

Há em mim um sentimento abafado,
Um amor deveras cansado
Das sutilezas obrigatórias da vida,
E das páginas em branco em meu albúm.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Reflexões...



A vida é realmente algo que não tem receita, apesar de as pessoas tentarem fazê-las o tempo todo...
É estranho pensar que o que ocorrerá em nossas vidas nos passos seguintes dependem das nossas escolhas de hoje, em grande parte. Acho esse conceito, as vezes, meio injusto.
Não sabemos o que ocorrerá devido aos desdobramentos de nossas escolhas. Mas temos que escolher assim mesmo, assumir as responsabilidades pelos resultados, sendo que nunca podemos calcular exatamente por onde estes resultados passarão...
Penso que doenças psíquicas, em boa parte dos casos, tem relação justamente com isso... por exemplo, a depressão e a sindrome do pânico, que imobilizam as pessoas,tem haver com este difícil impasse de escolher...o fato é que, tomar decisões, agir segundo elas, e assumir os resultados é apavorante se ficarmos pensando nisso...
Talvez seja por esta razão que a maioria das pessoas vive no piloto automático... não pensa para fazer nada, vai vivendo e o que sair de bom, é lucro, e o que sair de ruim é azar ou destino.
Triste ser assim, um ser humano meio vegetativo, mas triste também ser uma pessoa muito reflexiva, sentir por inteiro que aquilo que eu fizer hoje, pode refletir a vida toda... se internalizarmos este mecanismo de sempre refletir, passamos a ser gente que nunca relaxa, que sofre por antecipação...
O equilíbrio é sutil, a linha é tênue...
E a vida ao mesmo tempo que nos desafia, nos apavora!!!


Acho que por hoje é isso...
Só uma reflexão pequena pra não perder o costume...
Bom resto de fim de semana e boa semana para todos...
Até amanhã.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Não estou inspirada. Olho para a tela do computador e tudo que me vem são coisas que não quero expor, que não desejo escrever aqui... vamos ver se mais tarde me animo... mas de qualquer maneira, quero aproveitar a minha falta de assunto para agradecer aos leitores, meu amigos e parentes que moram em outra cidade ou país, e também os de Maringá que tem acompanhado sempre... valeu mesmo, acho que este blog, além de meu reflexo diário, é também uma forma de dialogar com as pessoas que estão longe... Bjos a todos e até logo!!!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Não pode ser!!!


A propaganda da Pepsi é um vídeo interessante, imagino que a maioria das pessoas já deve ter visto... aquela que a pessoa chega no estabelecimento pede um refrigerante e o garçom pergunta:"só tem Pepsi, pode ser?"... e aí aparecem vários outros acontecimentos, que o que pode ser, acaba sendo uma excelente opção. Confesso que no início achei uma boa propaganda... e até mesmo fui influenciada por ela... pois já ouvi várias vezes a tal frase "só tem Pepsi, pode ser?" e, lembrando da propaganda, disse "pode ser".
Não tenho nada contra a Pepsi, confesso que até gosto... mas, conversando com um amigo, pude notar que esta propaganda carrega alguns valores que não gosto!
Por melhor que possa ser alguma situação, quando é a única opção, e não é exatamente a que queremos... não devemos fazer uma opção de conformismo. E é exatamente isso que a propaganda propõe. No fundo o comercial referido, desqualifica o produto e não o eleva... porque demonstra que ele é sempre nossa segunda opção. E na verdade, o que realmente gostaríamos é de tomar uma bela Coca-cola gelada.
E penso que esta é uma metáfora que serve para vida... temos sempre em mente algo ideal, sabemos o que queremos, imaginamos o que é realmente a nossa "coca-cola", mas aí vem a vida e diz que agora só tem "Pepsi", e pergunta se pode ser, nos diz que pode ser muito bom, pede que experimentemos... as vezes aceitamos o objeto não ideal, e até, nos afeiçoamos a ele, e descobrimos no final que ele nos satisfaz, e que não ter tido escolha, parece ter sido algo bom...
Mas no geral, por melhor que seja a "Pepsi" apresentada pela vida, ela não nos satisfaz... principalmente em matéria de amor!!
Há situações que o ser desejado é absolutamente complicado, cheio de impedimentos, defeitos insuportáveis e por aí vai... e aí vem a vida, nos trazendo um ser diferente, que todo mundo que vê de fora diz que é perfeito pra gente, sem as mesmas características impeditivas do ser que realmente amamos... que é uma excelente opção, que seremos felizes... e nos pergunta: "pode ser?".
E na minha concepção, a resposta certa é: "Não pode ser!!". Pois o amor é assim, não linear, e nada o pode substituir... no fundo o amor não nasce exatamente referenciado nos defeitos e nas qualidades do outro, talvez depois isso ajude a mantê-lo, mas o nascimento de um sentimento tão poderoso como o amor, se dá por um encontro de alma... por uma vinculação que vai além dos pobres argumentos racionais que podemos elaborar frente a imagem do outro.
Por isso, se a vida me oferecer uma "Pepsi" e perguntar se "pode ser", a resposta é: "Não pode ser!!!"... então eu sairei do estabelecimento que só tem "Pepsi"... e partirei para outro, até enfim, me encontrar com a minha "Coca-cola Toda"...

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Alienação Inversa


Eu estava essa semana assistindo uma reportagem na GNT, falando sobre moda... reportagem boa, falando do que as pessoas mais querem hoje em dia, os estilos, e essa coisa toda relacionada a moda...
Mas o que realmente me chamou a atenção foi que os caras que estavam comentando falavam do público de forma muito geral, chegavam a verbalizar que hoje em dia todas as pessoas consomem moda, grifes, etc.
Aí, vendo esta reportagem fiz uma associação doida, lembrei das minhas pesquisas referentes ao Direito no século XVI... no início da pesquisa tomei como hipótese que as pessoas como um todo acabavam de certa maneira por participar do processo de elaboração das leis. Estava indo por este caminho, quando um professor meu disse que isso era um absurdo... que as pessoas não participavam não, quem influenciava as leis era apenas uma elite que estava próxima ao poder, sobretudo, o próprio Rei...
Aí, ouvindo a reportagem na GNT, que todo mundo consome moda e por aí vai... eu lembrei desta história da pesquisa e conclui que é a mesma coisa... quem consome alta costura no Brasil e no mundo?? Obviamente não é todo mundo, é uma parcela mínima da sociedade, localizada nos grandes centros e com muito dinheiro. A grande esmagadora maioria que batalha para comer e ter um teto, não faz nem idéia do que se passa no mundinho da moda... sabe apenas que lá se passa algo muito distante da sua realidade...
Agora, pra resumir a reflexão... até porque acho que tenho escrito posts muito longos ultimamente... a verdade é que quem está no topo é inversamente alienado, inversamente porque quem está embaixo é alienado mesmo, por não ter acesso a nada e a existência ser resumida a sobrevivência, mas quem está no topo é inversamente alienado porque, mesmo tendo como, não quer conhecer a realidade, e quando fala do seu mundo, acha que está se referindo ao todo, e não está!!!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Uma questão de fé ou de mercado???


Poucas coisas me escandalizam nessa vida... acho que estou acostumada a lidar com as pessoas, e por causa dos anos de militância e pela intensidade das minhas relaçõesposso afirmar que poucas coisas me escandalizam. Mas hoje, quando fui almoçar, resolvi comprar uma revista... não sou muito de comprar revistas semanais, destas líderes de mercado, mas esta me chamou a atenção, trazia na capa: "O Novo Astro da Fé", referindo-se a um homem chamado Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus... cujo slogan pessoal é: "Meu trabalho é o altar; meu negócio é multiplicar as almas". Confesso que isso me escandaliza!!!
Este homem é um cara simples, vindo do interior de Minas, mas que virou um alto executivo da religião. E as pessoas, seus seguidores, na mesma reportagem, mostram fotos e outras possíveis provas dos milagres realizados por Valdemiro... no culto que ele celebra, freqüentam mais de dez mil pessoas, que se encolhem num mesmo lugar para tocá-lo, e assim receber suas curas.
Fiquei mal ao ler a reportagem... meus amigos sabem que sou cristã, e acredito em Deus simplesmente por uma questão de fé... não procuro provas, nem explicações racionais para a existência do meu Deus... simplesmente acredito, por um toque que não sei explicar ao certo e nem quero. Aliás, me irrita muito, gente ignorante que fica tentando provar a existência de Deus por métodos racionais... penso que se tivesse como provar pela lógica, alguém já tinha provado, portanto, é mesmo uma questão exclusiva de fé, que absolutamente não caminha no campo da racionalidade, e somente quem teve experiências neste campo sabe que teve e pronto, não precisa provar...
E muito menos, tenho com relação a minha crença uma vontade impositiva... pois acho que esta é uma experiência muito pessoal e que independe do esforço humano. Na maior parte das vezes que alguém tentou me convencer de algo com qualquer ar de fanatismo, ou com argumentos pobres, ou com uma dúzia de dogmas cujo sentido estava somente no fato de existirem há muito tempo, o resultado referente ao meu convencimento foi desastroso... E é por isso que não costumo aplicar isso na minha vida.
Falo de fé, quando a coisa surge naturalmente... se alguém me pergunta conto a minha experiência, se alguém me pede ajuda relacionada a espiritualidade, tento ajudar com os recursos que tenho, mas não gosto de ser chata mais do que já sou naturalmente...
até porque os meus melhores amigos ou são ateus ou agnósticos e eles me são caros, portanto não pretendo constrangê-los tomando uma postura que só deporá contra mim e irá irritá-los!!!
E ainda (acho que esse é o centro do debate), me apavoro quando alguém acha que fé é mercado... este tipo de movimento mercadológico vinculado a religiosidade sempre existiu... algum tipo de troca, as promessas, os propósitos que as pessoas fazem para receber uma benção... não gosto disso...e sinto que em nosso tempo as coisas tem piorado muito... creio que se alguém é cristão e crê na Bíblia, deveria lembrar que lá diz que "a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável", e um "NÃO" que recebemos com relação a um desejo expressado em nossas orações pode ser algo positivo em nossas vidas... conheço tanta gente que cresceu muito em meio as piores dificuldades, pessoas que se não tivessem recebido alguns "nãos" da vida, seriam muito piores... conheço pessoas que ao lidarem com doenças graves puderam finalmente olhar para si mesmos e entender melhor como a vida funciona, aprenderam a amar quem os cercava...
pois é, por isso acredito que na vida não tem receita, nem mesmo para aqueles que tem fé... tudo acontece de maneira muito parecida, ou igual, para aqueles que crêem em algo sobrenatural ou para aqueles que não crêem. E penso que cada um estrutura seu posicionamento referente a fé de acordo com suas vivências, experiências e reflexões... seja por uma ótica racional, ou por uma lógica sem lógica, sobrenatural, como é a minha!!!
É assim que lido com minha crença... de maneira suave, sem fanatismo e como uma decisão pessoal íntima que me traz paz...
Mas é muito duro e vergonhoso para mim aceitar essa teologia da troca que vem se instalando no Brasil... a famosa "Teologia da Prosperidade", que as pessoas buscam a Deus apenas para obter a sua graça diária, baseada na sua filosofia pessoal medíocre. Entendo que isso não é um fenômeno separado de questões sociais... a maioria das pessoas que busca essas religiosidades estranhas é muito humilde e tem uma vida difícil, de muita luta e falta de acesso a coisas essenciais para uma formação crítica...
Porém, aqueles que lideram esses movimentos, não acreditam neles, não é possível que homens como este supracitado, e como outros que podemos citar aqui, por exemplo, o famoso Edir Macedo, acreditem no que fazem para além do seu próprio lucro, eles são charlatões e enganam as pessoas, aproveitam-se da inocência combinada com a ignorância de milhões de brasileiros, e por vezes lucram com o desespero das pessoas por uma solução, e aí dão o bote e colocam em seus bolsos parte ou o todo dos salários miseráveis que estes seres humanos que pensam estar, através deste ato, conectando-se a Deus, e estes líderes religiosos, que pra mim são maus, condenam estas pessoas que acreditam neles, a uma miséria ainda maior do que a que elas já estavam...
e, por outro lado, estes fiéis que dizem acreditar, penso eu, no fundo desconfiam que aquilo não é a verdade, mas agarram-se a isso, muitas vezes, também de forma dolosa, mesmo que desesperada, transformando o sagrado em mercado, para suprir suas necessidades... isso definitivamente, me escandaliza e me surpreende negativamente com o mundo... gente que acha que milagre é o centro da fé, que negocia com Deus... que acha que fazendo sacrifícios financeiros ou sacrifícios de outra natureza, vai receber sua benção e chama isso de cristianismo, e esquece que dentro do que acreditam os cristãos ou deveriam acreditar, o único e maior de todos os sacrifícios já foi feito, que foi e é o sacrifício da Cruz, e que nem um outro mais precisa ser realizado...
Mas as pessoas não entendem, continuam se punindo, negociando, pirando... tentam simplificar, negociar e mediocrizar aquilo que, acredito eu, no âmbito da minha fé, é o que há de mais complexo, poético e sagrado...
Porém... a tolerância também faz parte daquilo que quero pra mim... e creio eu, faz parte do ser cristão... então vou tentar acalmar meu coração e entender melhor o que acontece com o mundo... mas está cada dia mais difícil!!!

Metalinguagem...


Eu não sou organizada... qualquer pessoa que conviva comigo, ou que já tenha viajado comigo, sabe disso!!! Portanto é fato que eu, externamente, não sou organizada... Mas por dentro também não sou.
E, acho até, que escrevo por causa disso, para me organizar por dentro... comecei esse blog, de forma inconsciente, para escrever mais e, sendo assim, me organizar mais... gosto do fato de saber que algumas pessoas lêem o que eu escrevo, me sinto envaidecida e agradecida, mas não escrevo por isso... escrevo porque escrever é vital para mim, e quanto mais escrevo, mais saúde emocional eu tenho!!!
E como já disse anteriormente, escrevo sempre daquilo que meu coração está cheio... seja uma percepção, uma emoção, uma reflexão,uma indignação, um cuidado com a vida alheia, não importa, o importante é registrar na tela um perfil de mim mesma...é terapêutico, apesar de eu já fazer terapia...
Porém, penso que meus sentimentos, emoções, pensamentos são mesmo muito desorganizados...porque veja bem, faço terapia, converso incansavelmente com os meus amigos mais próximos sobre aquilo que sinto, e escrevo, e mesmo assim, não me faltam palavras...
Tem sido uma experiência única criar o hábito de escrever todos os dias... é claro que isso aqui não é pra virar protocolo a ser cumprido, significando assim, que o dia que eu não estiver afim de escrever, não escreverei...
Mas acho que até isso, o meu não escrever, depois da existência deste blog, significará algo...
Acho que de certa maneira, preciso dizer tanto, porque tem coisa demais aqui dentro... e não cabe, se eu ficar sem falar (escrever) tenho a sensação que vou explodir...então é aí, que dou a luz aos textos...
Sei que nem sempre eles são bons... mas gosto deles porque eles são parte de mim, e me ajudam a me enxergar mais fundo... e como dizia o filósofo (que eu não sei exatamente qual é - talvez Sócrates), o segredo da felicidade é conhecer-se a si mesmo. Não sei se esse é o segredo da felicidade, acho que não é, mas sei que conhecermos a nós mesmo ajuda bem...a nós e aos que estão a nossa volta... ficamos mais fáceis de lidar, entendemos melhor os nossos limites, e passamos a discernir melhor de que maneira destinar os nossos nãos e os nossos sins...